Os dispositivos protetores de surto foram desenvolvidos para limitar sobretensões transientes e desviar as altas correntes provenientes de descargas atmosféricas.
Os dispositivos protetores de surto são necessários em qualquer instalação que tenha riscos de sofrer dan
os por sobretensão (raios diretos, indiretos e surtos por chaveamento). São utilizados em instalações industriais, comerciais e residenciais.
Pode ser uma grande novidade para você eletricista, porém no ano de 2020, algumas concessionárias do país tornaram o DPS um dispositivo obrigatório para estar presente no padrão de entrada.
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DPS classe I
É um DPS destinado à proteção contra sobretensões provocadas por descargas atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas proximidades, com alta capacidade de exposição aos surtos.
Seus ensaios são realizados com uma corrente de choque de impulso (limp) de forma de onda 10/350 μs.
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DPS classe II
É um DPS destinado a proteger os equipamentos elétricos contra sobretensões induzidas ou conduzidas (efeitos indiretos) causados pelas descargas atmosféricas.
Seus ensaios são efetuados com corrente máxima de descarga (Imáx) de forma de onda 8/20 μs. Ele pode ser instalado sozinho ou em cascata com um DPS Classe I ou com outro DPS Classe II.
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DPS classe III
É um DPS destinado a proteger os equipamentos elétricos contra sobretensões transitórias (surtos elétricos), deve ser instalado próximo ao equipamento a ser protegido, adequado para proteção de relógios de ponto, centrais telefônicas, bombas de combustível, comando de portão eletrônico, entrada de alimentação de CLPs, CFTV, equipamentos de controle e automação, dentre outros.
DIMENSIONAMENTO DO DPS
Repare que em nenhum momento foi dito que a diferença é o valor da corrente de impulso que ele conduz. Um DPS Classe 1 de 40kA tem um objetivo diferente de proteção que um DPS Classe II com 40kA.
Não se pode trocar um DPS Classe 1 de 40kA por outro Classe 2 de 40kA, pois as classes atuam de maneira diferente, logo deve-se prever o DPS para o correto caso.
Para a escolha do DPS é diferente, deve-se levar dois fatores em consideração, o que o dispositivo está protegendo e qual a sensibilidade desejada.
Resumindo o indicado é o uso do DPS classe I no padrão de entrada, o DPS classe II nos quadros de distribuição e o DPS classe III em equipamentos eletrônicos sensíveis.
Quando falamos de DPS, existem as 3 classes conforme citado. Logo deve-se saber o que queremos proteger e a qual sensibilidade de 20kA ou 40kA. Indica-se usar 40kA só para o DPS da entrada de energia e os demais serem de 20kA.